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Entre as inúmeras enfermidades que podem afetar a saúde de um cachorro, a doença do carrapato está entre as principais. Causada por parasitas, ela é transmitida pela picada, tendo como consequência a destruição das células sanguíneas do animal.

A infecção apresenta um período de incubação, que pode ser de dias ou anos, o que pode variar de acordo com a resistência, imunidade, alimentação e medidas preventivas.

Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, o médico-veterinário José Renato de Rezende Costa explica que a partir do momento em que o tutor percebe que o bichinho está infectado, ele deve levá-lo ao consultório veterinário para que o cão passe por exame clínico e receba indicação do carrapaticida mais adequado.

O cuidado deve ir além do uso de um produto, sendo necessário manter o local no qual ele habita limpo: “A pessoa não pode simplesmente retirar o carrapato ou apenas usar um produto, deve-se ser feito um trabalho integrado para controle no animal e no ambiente em que ele se encontra”.

José Renato ainda alerta que a ação de tentar retirar os parasitas com os dedos, que é comum entre a população, deve ser realizada com cuidado. “As pessoas têm um hábito muito grande de apertar ou esmagar o carrapato, mas no momento que se tem essa explosão, se a pessoa tem alguma lesão na pele ou microfissuras, ela também pode se expor a hemolinfa do carrapato e também pode transmitir essa bactéria”, explica.

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Segundo Alessandra Barreto, médica-veterinária preventiva e comportamental, entre os sintomas mais comuns da doença estão: ausência de apetite, apatia, vômitos e, em casos mais graves, sangramentos, que podem ser notados nas fezes ou na secreção nasal.

A forma mais eficaz de evitar que os pets tenham a doença é a utilização de carrapaticidas eficientes, que matem o carrapato por contato, sem que este precise picar o animal para ingerir o veneno e morrer.

Existe cura para a doença?

Apesar de ser uma doença grave, ela apresenta tratamento, que pode ocasionar até mesmo na recuperação total da saúde do amigo de quatro patas.

“A probabilidade de sobrevivência é maior quanto mais precoce for o diagnóstico da doença, independente da idade. Portanto, é de suma importância que se tomem medidas preventivas e que o animal tenha um acompanhamento regular e preventivo do veterinário”, destaca Alessandra.

Entretanto, de acordo com a médica-veterinária, o parasita pode resistir e ficar encapsulado durante longos períodos, sem causar danos, até os oito anos.

Ou seja, sem ter contato novamente com parasitas, um animal que já teve a doença, pode manifestar novamente. Fato que reforça ainda mais a importância do acompanhamento veterinário preventivo na vida de qualquer pet.

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