O governo chileno irá lançar nesta quarta-feira (30) o Plano Nacional de Busca de Detidos Desaparecidos durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990). Nesta data, é celebrado o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimento Forçado, instituído pela ONU em 2010.
Em cerimônia liderada pelo presidente Gabriel Boric, na Praça da Constituição, em Santiago, o ministro da Justiça Luis Cordero Vega anunciará o programa, que partirá da integração de todas as informações recolhidas de processos judiciais e de outros arquivos espalhados por agências governamentais e organizações de direitos humanos, utilizando um software especial para cruzar dados.
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A medida marca a primeira vez desde o fim do regime de Pinochet que o governo chileno tenta encontrar os desaparecidos – um esforço que até agora recaiu em grande parte sobre os familiares sobreviventes, principalmente mulheres, que protestaram, fizeram greve de fome e levaram seus casos a tribunal.
Até agora, os locais de sepultamento dos mortos foram identificados apenas através destes processos judiciais. De acordo com o governo do Chile, mais de 40 mil pessoas foram vitimadas pela ditadura de Pinochet, entre desaparecidos, presos políticos, torturados e assassinados.
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