Fundação Padre Anchieta

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 Andrew Ebrahim | Unsplash
Andrew Ebrahim | Unsplash

Cerca de 60% das crianças brasileiras, expostas à vulnerabilidade social e baixa qualidade de ensino, chegam ao quarto ano do ensino fundamental sem habilidades básicas de leitura, como a compreensão de informações explícitas nos textos. 

Os dados são do IEDE ( Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), que fez uma análise da educação brasileira no PIRLS (sigla em inglês para Progress in International Reading Literacy Study), uma pesquisa internacional que mede a qualidade de ensino nos países.

De acordo com o estudo, um ambiente educacional precário – caracterizado por altos índices de pobreza, violência e má infraestrutura – influencia na capacidade de aprendizado dos alunos. Além disso, conforme os desenvolvedores da PIRLS, o quarto ano da educação básica é considerado um ponto-chave para a evolução educacional das crianças, pois é nessa etapa que elas começam a aprender a partir das leituras.

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"Questões externas têm um peso muito importante no aprendizado dos alunos e, ainda assim, as escolas continuam tendo que lidar sozinhas com elas. Violência, pobreza, vulnerabilidade social são fatores que as escolas não conseguem resolver, mas que podem ter o impacto minimizado se houver uma política voltada para isso”, declarou Ernesto Faria, diretor-executivo do IEDE, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

No relatório global do PIRLS, os alunos brasileiros obtiveram, em média, cerca de 419 pontos, mesmo desempenho de países como Kosovo e Irã. 

Esses resultados são advindos de uma avaliação realizada pelo PIRLS em 2021, ano em que o Brasil participou pela primeira vez do estudo. Segundo os pesquisadores, a pandemia da Covid-19 impactou nos índices.

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