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“Não é mais milícia, mas uma máfia, diz Cláudio Castro sobre mortes de médicos no Rio

Governador do Rio descartou motivação política no crime brutal


06/10/2023 17h26

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chamou de “máfia” as organizações criminosas que atuam no estado. A declaração ocorreu durante entrevista coletiva, nesta sexta-feira (6), para dar informações sobre a morte dos três médicos ortopedistas que foram executados num quiosque da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Castro se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, na manhã desta sexta, no Palácio Guanabara. Durante a coletiva, o governador falou sobre a importância da integração entre o governo federal e as forças estaduais no combate ao crime organizado.

“Não estamos mais falando de uma briga de milicianos, traficantes. Estamos falando de uma verdadeira máfia, que hoje é muito mais do que outrora foi, tráfico de drogas e armas. Uma máfia que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos serviços”, afirmou.

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“É uma máfia que vem se expandindo a cada dia mais no território nacional inteiro”, completou.

O governador destacou ainda que o problema da violência atinge o Brasil como um todo, e não somente o estado do Rio.

“Estamos aqui para falar de um problema que não é somente do estado do Rio de Janeiro, é um problema do Brasil. Esse é um problema que só conseguiremos ter sucesso no combate à criminalidade se for um combate de todos. Governo federal, todos os estados, prefeituras”, apontou.

Três médicos ortopedistas foram mortos a tiros na madrugada de quinta-feira (5) no Rio de Janeiro. São eles Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim(PSOL-SP).

O governador classificou como um “crime brutal” o assassinato e falou sobre trabalho das forças de segurança do estado em identificar as motivações e os responsáveis pelo crime.

“É muito importante a gente ressaltar que, em menos de 12 horas do acontecido, a Polícia Civil já sabia a linha de investigação correta, já sabia as motivações, a facção criminosa, inclusive, já tinha achado o roteiro do veículo do veículo e já estava no processo de investigação desses criminosos”, disse.

“O que nos parece é que até eles se indignaram com a ação dos seus próprios, eles fizeram essa punição interna. Temos que achar, inclusive, quem cometeu esse segundo assassinato. O estado não se abala. É óbvio que eles já sabiam quem tinha sido, foram à frente e puniram eles. Tem que ver se foram todos, se tinha mais gente envolvida. A investigação não muda em nada”, finalizou.

A Polícia Civil encontrou no fim da noite dessa quinta-feira (5) os corpos de dois traficantes que eram suspeitos de terem executado os três médicos.

Os criminosos encontrados eram Philip Motta Pereira, o “Lesk”, e Ryan Nunes de Almeida, o “Ryan”. Juntamente aos dois, havia outros dois cadáveres. Os quatro estavam em dois carros na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul, bairro localizado também na zona oeste da capital fluminense.

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