O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou nesta quarta-feira (18) sobre o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que investigou os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo o ex-chefe do Executivo, não houve parcialidade no resultado final do relatório.
“Completamente parcial, a funcionária de Flávio Dino recebeu, com toda certeza, aquilo já pronto, e entregou. Um absurdo. Por que não me convocaram? Me indiciam sem me convocar. Eu iria lá, sem problema nenhum”, disse.
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A declaração aconteceu na sede da Polícia Federal, em Brasília, após ele ficar em silêncio durante o depoimento sobre empresários bolsonaristas que defendiam um golpe contra Lula.
A CPMI aprovou na tarde desta quarta seu relatório final. O texto pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por quatro crimes. Além dele, outros oito generais e um almirante foram indiciados. Foram 20 votos a favor conta 11.
Agora, o relatório será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Polícia Federal e também à Procuradoria-Geral da República. Cabe a PGR decidir se aceita ou não os indiciamentos.
O documento foi elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD/MA) e a aprovação contou com o apoio de toda base governista. A oposição chegou a apresentar dois relatórios paralelos, um pelo pelo deputado Alexandre Ramagem (PL/RJ), que sugeriu o indiciamento do presidente Lula (PT), e do ministro da Justiça, Flávio Dino, e outro pelo senador Izalci Lucas (PSDB/DF).
A relatora pediu o indiciamento de Jair Messias Bolsonaro (PL) e de mais 60 pessoas por crimes cometidos durante os ataques em questão. Os crimes do ex-presidente da República, segundo a parlamentar, são associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ao todo, as penas podem chegar a 29 anos de prisão, caso ele seja, de fato, condenado.
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