O exército brasileiro confirmou o envio de blindados para a fronteira com a Venezuela. A mobilização do equipamento é uma resposta à crise instalada após o governo de Nicolás Maduro indicar uma possível anexação de Essequibo, área que ocupa praticamente dois terços do território da República da Guiana.
Foram enviadas 16 viaturas guaicurus blindadas multitarefa para a região de Pacaraima. A expectativa é de que os veículos cheguem à fronteira em cerca de 20 dias.
De acordo com os militares brasileiros, o deslocamento já estava programado para o combate ao garimpo ilegal, mas foi antecipado por conta da crise na fronteira. Também haverá reforço no efetivo de soldados que patrulham a região.
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O maior risco é de que a Venezuela decida invadir a Guiana mobilizando tropas pelo território brasileiro, que compartilha uma fronteira seca com os dois países.
A posição oficial do Itamaraty é de que o Brasil continuará negociando com as autoridades venezuelanas e da Guiana para buscar uma solução pacífica à crise. Caracas disputa a soberania de Essequibo há quase 200 anos, mas o conflito ganhou mais corpo agora que a região passou a fazer parte da "nova fronteira" da exploração do petróleo na América do Sul.
Na noite da última segunda-feira (5), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Maduro levantou o tom contra o porta-voz do departamento de estado dos EUA, Matthew Miller, que havia dito a jornalistas que o plebiscito realizado na Venezuela no último domingo (3) não pode definir a soberania da região.
“Longe daqui [EUA]. Deixem que a Guiana e a Venezuela resolvam este assunto em paz”, disse o presidente.
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