A Central de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) divulgou nesta segunda-feira (11) que, de janeiro a novembro de 2023, foram registrados mais de 7,2 mil transplantes. O número - o maior já observado nos últimos seis anos - representa um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2022. 

Os transplantes mais realizados foram os de córnea e rim.

Enquanto o número de recusas familiares à doação de órgãos caiu 6,5% comparado ao ano passado, o número de doadores foi o maior dos últimos três anos.

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“Graças ao consentimento de várias famílias para a doação e ao empenho das equipes envolvidas nos processos de doação e transplantes, o Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo no ano de 2023 conseguiu aumentar os números de doadores efetivos e consequentemente aumentou também o número de transplantes realizados no estado. Desta maneira, foi possível salvar muitas vidas e oferecer qualidade de vida a muitos pacientes que saíram da lista de espera,” disse em nota o coordenador da Central, Francisco de Assis Monteiro.

Apesar do aumento no número de transplantes em 2023, 21,8 mil pessoas ainda aguardam por um órgão em São Paulo, sendo a doação de rins e córneas a mais necessária. Neste ano, cerca de 37,6% das famílias consultadas negaram a doação, o que impede a realização do procedimento, já que a doação de órgãos deve ser autorizada por familiares de até segundo grau de parentesco.

Até novembro, foram realizados no estado 126 transplantes de coração, 601 de fígado, 2,5 mil de rim e 4,8 de córnea, além de transplantes de pulmão e pâncreas. O maior crescimento foi entre os procedimentos hepáticos, que tiveram aumento de 19,9%, seguido pelo crescimento em transplantes cardíacos, que registraram alta de 17,8% em relação ao mesmo período de 2022.