IBGE: Após três anos em queda, trabalho infantil cresce 7% no Brasil
Estudo também indica que trabalho infantil no país é feito majoritariamente por pretos ou pardos (66,3%) e meninos (65%)
21/12/2023 20h26
Após três de redução, o trabalho infantil cresceu 7% entre 2019 e 2022 no Brasil. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quarta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2019, cerca de 1,758 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, realizavam serviços no país. Já em 2022, esse número saltou para 1,881 milhões. Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pandemia da Covid-19, o abandono escolar e a redução de políticas de proteção social do governo brasileiro são as principais causas para o aumento.
O estudo também mostra que 467 mil (24%) crianças precisam ou são obrigadas a trabalhar apenas para atividades de autoconsumo, como cultivo, pesca e fabricação de roupas. Além disso, o órgão indica que o trabalho infantil no país é feito majoritariamente por pretos ou pardos (66,3%) e meninos (65%).
Dentro da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil se comprometeu a estimular o trabalho digno e erradicar, até 2025, o trabalho infantil em todas as suas classificações.
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