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Vereadores de SP retiram apoio à CPI com foco no padre Júlio Lancellotti

Pelo menos quatro parlamentares retiraram suas assinaturas do requerimento de abertura do inquérito


05/01/2024 13h56

Os vereadores Sidney Cruz (Solidariedade), Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (União Brasil) e Xexéu Tripoli (PSDB) anunciaram na última quinta-feira (5) a retirada de apoio à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que se propõe a investigar organizações não governamentais que realizam ações sociais na região da Cracolância, no centro da cidade de São Paulo.

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O documento de autoria de Rubinho Nunes (União) foi protocolado na Câmara Municipal no início do último mês de dezembro e, de acordo com o próprio vereador em suas redes sociais, tem como foco de investigação o trabalho do padre Júlio Lancellotti com a Pastoral do Povo de Rua.

No texto, a CPI tem como objetivo "investigar as Organizações Não Governamentais que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”.

Sidney Cruz e Thammy Miranda utilizaram suas redes sociais para justificar a retirada de suas assinaturas do requerimento. Ambos destacam que o nome do sacerdote não é mencionado no documento e por isso entendem que foram enganados. "Já que estão usando esse projeto para ser uma coisa direcionada ao padre Júlio Lancellotti, não tem o meu apoio", disse Thammy em vídeo.


Xexéu Tripoli se pronunciou através de nota, avaliando como "revoltante" a tentativa de abertura de CPI para investigar o sacerdote. "A investigação de casos suspeitos de mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política", escreveu.

Sandra Tradeu, correligionária de Rubinho, disse ao Estadão que não é a favor de uma CPI “personalizada” com o nome do padre, mas sim de uma "CPI ampla".

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