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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta segunda-feira (8) no evento que marca um ano dos ataques golpistas do 8 de janeiro, chamado de "Democracia Inabalada". Durante a declaração, o mandatário disse que “não há perdão para quem atenta contra democracia”.

"Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas", afirmou Lula.

Lula também ressaltou que, caso a “tentativa de golpe” fosse bem sucedida, o país estaria, hoje, imerso no caos social e econômico.

“A vontade do povo brasileiro expressa nas urnas teria sido roubada, e a democracia, destruída. A essa altura, o Brasil estaria mergulhado no caos econômico e social. O combate à fome e à desigualdade teriam voltado à estaca zero. Nosso país estaria novamente isolado do mundo, e a Amazônia, em pouco tempo, reduzida às cinzas para a boiada e o garimpo ilegal passarem”, disse.

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“Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública, a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha e os seus seguidores tramam nas redes sociais. Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra o país e contra o seu próprio povo”, acrescentou Lula.

Durante a fala, o presidente também defendeu a defendeu a regulamentação das redes sociais. Segundo o petista, os discursos de ódio foram combustível para os atos antidemocráticos.

“Liberdade não é uma autorização para espalhar mentiras sobre as vacinas nas redes sociais, o que pode ter levado centenas de milhares de brasileiros à morte por Covid. Liberdade não é o direito de pregar a instalação de um regime autoritário e o assassinato de adversários. As mentiras, a desinformação e os discursos de ódio foram o combustível para o 8 de janeiro. Nossa democracia estará sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, declarou.

O presidente ressaltou ainda a necessidade de combater a fome e a desigualdade social a fim de aperfeiçoar a democracia no Brasil.

"Uma criança sem acesso à educação não aprenderá o significado da palavra democracia. Um pai ou uma mãe de família no semáforo, empunhando um cartaz escrito “Me ajudem pelo amor de Deus”, tampouco saberá o que é democracia. Aperfeiçoar a democracia é reconhecer que democracia para poucos não é democracia", apontou.

Evento

A cerimônia que relembra os atos antidemocráticos contou ainda com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de ministros do governo e do STF, e de governadores e parlamentares.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a participação por conta de um problema de saúde de um familiar.

Além de Lula, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, também discursaram no evento.

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