Lula promete novas ações para proteger povo Yanomami: “Não é possível perder uma guerra para garimpo ilegal”
Em reunião com ministros, presidente diz que trata pauta como “questão de Estado”; no dia 20 de janeiro, irá completar um ano da emergência em saúde do povo indígena
09/01/2024 11h48
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros na manhã desta terça-feira (9) para tratar da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami. Ele prometeu que usará “todo o poder que a máquina pública pode ter” para garantir os direitos dessas populações.
“Esta reunião aqui é para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, de vandalismo, da garimpagem, e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono, que são os indígenas, e que não podem ser utilizadas”, afirmou o presidente.
O encontro também serviu para avaliar todas as medidas já tomadas nos últimos 12 meses para auxiliar os Yanomami. No próximo dia 20 de janeiro, irá completar um ano da emergência em saúde do povo indígena.
O território, que fica localizado nos estados de Roraima e Amazonas, é alvo de garimpo ilegal, afetando todo o povo indígena e degradando o meio ambiente.
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“Não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal. Que a gente possa perder uma guerra para madeireiro legal. Perder uma guerra para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, completou Lula.
De acordo com o governo, foi criado um centro de operações de emergências em saúde pública na região no ano passado. Foram realizados mais 13 mil atendimentos de saúde e enviados 4,3 milhões de unidades de medicamentos e insumos.
Apesar das medidas, não foi encontrada uma solução definitiva e a situação do povo Yanomami segue muito grave.
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