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PGR e Moraes dizem que Jordy tem “forte ligação” com organizador de atos antidemocráticos

Polícia Federal cumpriu nesta quinta mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar


18/01/2024 16h23

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontam uma “forte ligação” do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) com Carlos Victor de Carvalho – identificado pela Polícia Federal como uma "liderança da extrema direita" de Campos dos Goytacazes (RJ).

Mais conhecido como CVC, ele foi preso em janeiro de 2023 por suspeita de envolvimento nos atos antidemocráticos.

O requerimento da PGR cita trocas de mensagens de Jordy com Carlos Victor de Carvalho, que também é vereador suplente da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes e funcionário público da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

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Em diálogos, Carlos Victor diz: “Bom dia meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo”. Jordy responde: “Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?”.

Ainda de acordo com a Procuradoria-Geral da República, os dois chegaram a se falar por telefone no dia 17 de janeiro de 2013 – uma semana após os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, quando Carlos Victor Carvalho estava foragido.

“Foi apurado no curso da investigação, quando da análise das mídias, de dados obtidos nas contas de e-mail ou em fontes abertas, que Carlos Victor de Carvalho possui fortes ligações com o deputado federal Carlos Jordy, que transpassa o vínculo político, vindo a denotar-se que o parlamentar, além de orientar, tinha o poder de ordenar movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”, disse a PGR.

Na decisão que autorizou a operação de busca e apreensão nesta quinta (18), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que CVC coordenou os acampamentos que pediam uma intervenção para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em frente ao Exército no município do Rio.

Operação Lesa Pátria

O gabinete do deputado Carlos Jody (PL-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, e um endereço ligado a ele em Niterói (RJ) foram alvos de um mandado de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (18).

A ação faz parte da 24ª etapa da Operação Lesa Pátria, que apura os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a PF em nota.

As buscas foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos golpistas.

Jordy usou as redes sociais para se manifestar a respeito da operação desta manhã. Segundo ele, trata-se de “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.

O parlamentar foi reeleito para a Câmara em 2022. Seu primeiro mandato como deputado federal começou em 2019, eleito com 204.048 votos. Em 2016, ele foi escolhido para ser vereador em Niterói com 2.388 votos.

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