O Brasil registrou 1.161 desastres naturais em 2023, uma média de pelo menos três episódios por dia. Os dados são do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e revelam um recorde no número de casos.
De acordo com o órgão, os eventos ligados a chuvas extremas causaram ao menos 132 mortes, além de terem deixado mais de 9.000 feridos, e mais de 74.000 pessoas sem lares. Os danos materiais são estimados em mais de 5 milhões de reais.
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Dos 1.161 eventos, 716 (61,7%) foram eventos hidrológicos, como transbordamento de rios, por exemplo, e outros 445 (38,3%) foram de natureza geológica, como deslizamentos de terra.
É a primeira vez que o país fecha um ano com mais de 1 mil ocorrências. Segundo o ranking do Cemaden, Manaus (AM) lidera o número de ocorrências, com 23 casos. Veja o número por cidade:
Manaus (AM) – 23
São Paulo (SP) – 22
Petrópolis (RJ) – 18
Brusque (SC) – 14
Barra Mansa (RJ) – 14
Salvador (BA) – 11
Curitiba (PR) – 10
Itaquaquecetuba (SP) – 10
Ubatuba (SP) – 9
Xanxerê (SC) – 9
"As temperaturas mais quentes contribuem globalmente para a intensificação de chuvas e enxurradas, intensificação de ciclones extratropicais com potencial destrutivo, mortes e prejuízos econômicos", disse o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que controla o Cemaden, em nota.
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O ano passado teve dois grandes desastres: os deslizamentos de terra em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, que aconteceram em fevereiro e deixaram 64 mortos; e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que matou 53.
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