O ex-presidente Jair Bolsonaro negou na tarde desta segunda-feira (29) o funcionamento de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela durante o seu mandato como chefe do Executivo.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje nova fase da operação “Vigilância Aproximada”, que teve o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) como um dos alvos.
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“Nunca existiu Abin paralela para proteger quem quer que seja. É uma perseguição implacável que, no meu entender, o objetivo é esculachar. Eu não tenho nada a ver com essa questão da busca e apreensão”, disse.
Bolsonaro também negou que tenha usado a agência para espionar alguém e citou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como o responsável pela “perseguição”.
“Não quero culpar a Polícia Federal. É uma perseguição implacável por parte do ministro Alexandre de Moraes, é inacreditável o que esse homem faz”. “Eu nunca precisei de nada para chantagear, intimidar, quem quer que seja. Eu fui perseguido durante quatro anos. Não tenho com o que me preocupar, não devo nada a ninguém”, afirmou.
“Eu tinha minha inteligência particular. O que é a minha inteligência? Não é um braço da Abin. Não é um braço da PF. Ninguém. A minha inteligência particular são as pessoas que eu conheço não só no Brasil como ao redor do mundo. Sempre que algo acontece, eu ligo para essas pessoas”, completou.
Operação
A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta segunda-feira (29) mandados de busca e apreensão contra pessoas que receberam informações da chamada “Abin Paralela”. Um dos alvos foi o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos).
A busca e apreensão foi autorizada na casa de Carlos e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A PF também esteve em Angra dos Reis, local onde a família Bolsonaro fez uma transmissão nas redes sociais.
Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a operação investiga uma suposta organização criminosa que teria se instalado na Abin.
Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL/RJ), ex-diretor da Abin durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Investigadores apontam que o monitoramento ilegal foi utilizado em situações pessoais ou políticas.
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