“Combate à violência, para ter êxito, precisa ir além de enérgica ação policial”, afirma Lewandowski
Novo ministro tomou posse nesta quinta (1º) e ressaltou a importância de políticas públicas voltadas a segurança pública
01/02/2024 15h29
Ricardo Lewandowski tomou posse nesta quinta-feira (1º) como novo ministro da Justiça. Em seu discurso, ele afirmou que é necessário mais do que “enérgica ação policial” para combater a violência no Brasil.
“É escusado dizer que o combate à violência, para ter êxito, precisa ir além de uma permanente enérgica ação policial, demandando políticas públicas que permitam superar apartheid social que continua segregando", afirmou.
O novo ministro assume o cargo no lugar de Flávio Dino, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Por problemas pessoais, Lewandowski não conseguiu assumir a pasta antes.
O tema da segurança público foi o foco do novo ministro durante sua posse. Apesar da queda no número de homicídios, o poder e a influência das organizações criminosas cresce no país.
Leia também: Ministra da Saúde informa que vacina contra dengue começará a ser distribuída na próxima semana
Em sua fala, o novo chefe da pasta também disse que a criminalidade é resultado de mazelas históricas e "não há soluções fáceis" para resolução do problema.
"É nossa obrigação, e o povo assim espera, que o Ministério da Justiça dedique especial atenção à segurança pública, que ao lado da saúde é hoje uma das maiores preocupações da cidadania", disse.
“Mas é preciso compreender, todavia, que a violência e criminalidade que campeiam entre nós não são problemas novos, são mazelas que atravessam séculos de nossa história, remontando aos tempos coloniais, em que índios e negros recrutados à força desbravavam sertões inóspitos e labutavam à exaustão nas lavouras de cana e de café e nas minas de ouro, prata e pedras preciosas para proveito de uns poucos”, completou.
Leia também: Covid-19: estados do Norte e Nordeste apresentam aumento no número de casos, diz Fiocruz
REDES SOCIAIS