O governo interino do Paquistão suspendeu os serviços de telefonia móvel no país durante as eleições, gerando acusações de violação de direitos dos eleitores.
O Ministério do Interior alegou, em nota no X, que a medida foi tomada para “manter a lei e a ordem e lidar com possíveis ameaças” após dois atentados assumidos pelo grupo terrorista Estado Islâmico terem matado 26 pessoas na véspera.
Até o momento, 9 pessoas já foram mortas em ataques no país neste dia de votação, 4 delas policiais atingidos por uma explosão em Dera Ismail Khan (noroeste).
Milhares de soldados foram deslocados para fazer a segurança em seções eleitorais, e as fronteiras com o Irã e com o Afeganistão foram fechadas temporariamente.
Apesar do clima tenso e do frio invernal, jornalistas relataram longas filas para votar em todo o país. Os primeiros resultados devem ser divulgados nesta noite (tarde no Brasil), mas a composição das 336 cadeiras do Parlamento só devem ser conhecida na sexta (9).
Os líderes da oposição se queixaram do corte na telefonia. O Partido do Povo Paquistanês, de Bilawal Bhutto Zardari, pediu a “imediata volta” dos serviços, afirmando que a população precisa se manter informada, usar serviços de localização para encontrar suas seções de votação e poder denunciar fraudes.
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