José Vicente classifica Moraes como “herói nacional”: "Até aqui, agiu nos termos da lei"
Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), envolvido nas investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, pediu ao STF o afastamento do ministro do caso
15/02/2024 22h48
Convidado da bancada do Jornal da Cultura desta quinta-feira (15), o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, classificou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes como “herói nacional” pelo seu papel nas investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
“Acho que o Alexandre de Moraes é um herói nacional, e, até aqui, agiu nos termos da lei. Ele conduziu de forma correta, serena e severa, no sentido de garantir os direitos das partes, dos advogados e a possibilidade de que eles façam todas as solicitações à Justiça”, opinou.
Confira o comentário na íntegra:
Nesta semana, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), envolvido nas investigações, pediu ao STF o afastamento de Moraes do caso. Os advogados alegam que o ministro age no papel de vítima central da narrativa, demonstrando interesse no processo. Isto porque, segundo a Polícia Federal, a minuta golpista que teria sido discutida por Bolsonaro e aliados incluía a prisão do ministro.
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No documento enviado ao Supremo, os advogados destacam que a imparcialidade do julgador é uma das garantias do devido processo legal, e completam: “não se ignora o notório saber jurídico do ministro, contudo é inescapável que, como todo ser humano, possa ser influenciado em seu íntimo, comprometendo a imparcialidade necessária para desempenhar suas funções".
No jornal desta quinta, José Vicente disse achar improvável que o ministro do Supremo seja afastado do caso.
“Acho improvável, e se fosse possível, não seria razoável. Esse processo é um processo anômalo dentro de uma circunstância anómala. Nós estamos falando de uma tentativa de golpe de Estado”, comentou.
“Alexandre de Moraes não pode sair enquanto não finalizar esse que precisa ser um processo extremamente exemplar, que casse e puna todos os responsáveis. Sem ele, não tenho nem certeza se o processo chega ao final”, completou o reitor.
Saiba mais sobre o caso na matéria do Jornal da Cultura que foi ao ar esta quinta-feira:
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