O influenciador fitness Renato Cariani e outras quatros pessoas se tornaram réus no caso que apura desvio de produtos químicos para produção de drogas. A Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP/SP). Os acusados têm 10 dias para apresentarem suas defesas.
"Foram identificadas sessenta transações dissimuladas vinculadas à atuação desta associação para o tráfico, totalizando, aproximadamente, doze toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etilico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de quinze toneladas de cocaína e crack prontas para consumo", disse o MP na denúncia.
Além de Cariani, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira também viraram réus.
Como medida cautelas, a Justiça determinou que todos entreguem os passaportes em até 24 horas.
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Os cinco foram acusados de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Entenda o caso
Segundo a investigação da PF, Cariani e mais duas pessoas, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth falsificaram notas fiscais de vendas de insumos da Anidrol Produtos para multinacionais farmacêuticas. Mas os produtos não iam para as empresas. Eles eram desviados para a fabricação de cocaína e crack.
"As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias", explicou a polícia em nota.
Todos foram indiciados pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O relatório final não pediu a prisão de nenhum dos indiciados. Todos poderão responder em liberdade.
As autoridades passaram a suspeitar após a Receita Federal verificar depósitos suspeitos de mais de R$ 200 mil feitos pela AstraZeneca para a Anidrol. A multinacional negou a compra de produtos da empresa do influencer e de sua sócia.
O que diz Cariani desde o início do caso
Desde que sua empresa foi alvo da operação da PF, o influenciador tem usado suas redes sociais para dizer que é inocente e explicar para seu público tópicos das investigações.
"Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em 'processo de justiça' [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação", afirmou em vídeo.
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Ele ainda informou que que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo na época.
No dia 18 de dezembro, prestou depoimento na sede da PF em São Paulo e sua defesa disse que respondeu a todas as perguntas que foram feitas.
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