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No G20, Haddad defende taxação para super-ricos

Segundo o ministro, a medida funcionaria como um pilar para a cooperação tributária internacional


28/02/2024 14h40

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (28) que pretende discutir uma taxação global mínima sobre a riqueza. A declaração ocorreu durante a reunião do G20. Haddad participou virtualmente do evento após ser diagnosticado com Covid-19.

A reunião contou com ministros de Finanças e de presidentes dos bancos centrais do grupo, e acontece hoje e amanhã em São Paulo. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também discursou. O G20 reúne as principais economias do mundo.

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No discurso, Haddad afirmou que uma tributação mínima global sobre a riqueza "poderá constituir o terceiro pilar para a cooperação tributária internacional".

"Reconhecendo os avanços obtidos na última década, precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos", destacou Haddad.

O ministro da Economia defende que países ricos devem olhar pelos mais vulneráveis. Além disso, disse que os mais ricos não podem “dar as costas para o mundo”..

“Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os 2/3 mais pobres da humanidade”, afirmou o ministro.

“Embora, como disse, os países mais pobres paguem um preço proporcionalmente mais alto, seria uma ilusão pensar que países ricos podem dar as costas para o mundo e focar apenas em soluções nacionais. Em um mundo no qual trabalho e capital são cada vez mais móveis, pobreza e desigualdade precisam ser enfrentadas como desafios globais, sob a pena da ampliação das crises humanitárias e imigratórias”, acrescentou.

O Brasil será o país responsável por sediar os debates em torno do G20 ao longo de todo o ano de 2024. 

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