52 anos com gostinho de 13. É assim que Margarete Stefanin se sente hoje. A professora, que nasceu em 29 de fevereiro de 1972, brinca com sua idade por ser uma das milhares de pessoas no mundo a nascer em um ano bissexto.
“Todo mundo fala pra mim: ‘você tem 52 anos, mas não tem cara de 52’. A gente gosta muito de elogia, então a gente fica bem e dá uma massageada no ego", afirma Stefani.
De acordo com a Associação responsável pelos registros civis, os cartórios devem emitir certidões de nascimento com a data que consta na declaração emitida pelo hospital. A regra vale até para 29 de fevereiro, que só acontece a cada quatro anos.
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Margarete celebra o aniversário todos anos, mas não nega que tem um gosto especial quando comemora na data exata. Neste ano, a festa será ao lado de seu neto.
“São vários presentes. O primeiro é celebrar mais um ano de vida. Outro presente é o neto. E fico mais feliz por ver no calendário o dia 29 de fevereiro. É uma coisa que eu gosto muito. A cada quatro anos eu vejo lá. As vezes, guardo a folhinha do calendário”, diz.
Como funciona o ano bissexto
O nosso planeta leva 365 dias e seis horas para completar a volta em torno do sol. Se juntar essas seis horas extras a cada ano, em quatro anos, são 24 horas. Ou seja, um dia a mais fixado em 29 de fevereiro.
“Esse dia é incluído no calendário para sincronizar o próprio calendário com o ciclo das estações. Os calendários existem para isso, para que a gente consiga contar o tempo de forma fiel, né? Que ela represente a realidade. O ciclo das estações é o que realmente conta porque esse assim é um ciclo natural”, explica Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia da USP.
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Desde 1582, o planeta segue o atual calendário, chamado de gregoriano. Anteriormente, era seguido o calendário Juliano.
“O calendário juliano, feito na época do imperador Júlio César, foi feito por volta de 46 anos antes de Cristo. O ajuste de Júlio César foi fundamental em consideração a adicionar ainda mais alguns minutos desse cálculos. Então, havia uma nova diferença na contagem astronômico. Nós temos gregoriano justamente a tentar ajustar essa diferença”, conta Álvaro Alegretti, professor do Departamento de História da Book de São Paulo.
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