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Montagem: Reprodução | Redes sociais e arquivo pessoal
Montagem: Reprodução | Redes sociais e arquivo pessoal

Nos últimos dias, tem repercutido nas redes sociais relatos de uma fraude que vem atrapalhando a vida de leitores de HQs que compram produtos pelo site da Amazon. Ao invés do livro comprado na plataforma, clientes recebem em mãos materiais diferentes, com título, numeração e/ou código de barras adulterados.

Foi o que aconteceu com o publicitário Lucas Andrade de Souza, de 33 anos, morador do Rio de Janeiro (RJ), que por três vezes foi afetado por esse golpe, duas no ano passado e uma em fevereiro deste ano.

Em uma das ocasiões, Lucas efetuou a compra de um material de mais de mil páginas do personagem Hulk. A edição, publicada em 2023, tem um valor de capa de R$ 404,90.

No lugar do produto pedido, o carioca até recebeu um gibi do super-herói da Marvel, mas uma edição de 212 páginas, publicada em 2014, vendida na época a R$ 22,90. O livro veio com o título e código de barras adulterado.


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Em todas as vezes que foi vítima da fraude, Lucas solicitou a devolução do dinheiro à plataforma. Ele afirma que fez as compras pelo próprio estoque da Amazon, e não por marketplaces - outras lojas que apenas utilizam o sistema de compra e venda do site.

A primeira vez [que cai no golpe], em agosto do ano passado, pensei que fosse um erro. Pedi a troca pelo produto certo e me mandaram outro produto errado. Pedi mais uma vez e me deram o produto errado de novo. Na terceira vez, desisti. Entendi que talvez aquele produto estivesse cadastrado errado”, conta o publicitário.

Em dezembro de 2023, Lucas voltou a se surpreender com mais uma falsificação em uma de suas compras.

Dessa vez, abri uma reclamação, inclusive fazendo questão de falar com um atendente. Para ser honesto, não deram muita atenção ao caso. O rapaz que me atendeu até me questionou algumas vezes, falando que meu dinheiro havia sido devolvido. Tentei explicar que, para além disso, achava que havia uma possível fraude”, diz.

O jovem não foi o único a passar pela situação. Outros leitores começaram a compartilhar suas experiências com o golpe nas redes sociais. Em uma delas, um consumidor adquiriu o quadrinho ‘Incal Psicoverso’ - material de 2023 da editora ‘Pipoca e Nanquim’ com preço na faixa dos R$ 99,90 - e recebeu em casa um gibi do Mickey - ‘Mickey Mystery: O Detetive das Trevas’, produto de 2016 da editora ‘Abril’, comercializado à época a R$ 59,90.

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As falsificações denunciadas possuem alguns elementos parecidos, como caixas de texto retangulares coladas nas capas e nas lombadas, utilizadas para esconder títulos, logos de editoras e as numerações dos produtos originais.

O código de barras da obra adulterada também é falso. Ele é colado por cima do autêntico, e corresponde ao produto que deveria ter sido entregue ao consumidor.

Outro detalhe também chama atenção. Na maioria das fotos dos quadrinhos alterados que circulam na internet, um código com letras e números aparece colado no produto. A sequência sempre começa com “LPN AZ”.

De acordo com portais especializados em eCommerce, a sigla “LPN” significa “License Plate Numbers” (algo como “número de matrícula”, traduzindo para o português). O código é uma identificação utilizada para o rastreamento de itens que transitam em armazéns da Amazon.

O número também é uma ferramenta importante para identificar e rastrear produtos devolvidos, o que alimenta uma teoria de como os materiais falsificados estariam sendo encaminhados a clientes do site.

Uma das teses que circula na internet é a de que o golpista tenha feito uma compra na plataforma, alegado algum problema com o material, pedido a devolução do dinheiro e enviado um item diferente e adulterado de volta à companhia. Uma vez que o título e o código de barras do livro alterado passassem pelo sistema, ele poderia chegar às mãos de um outro cliente.

Procurada pelo site da TV Cultura, a Amazon alegou que "atua com os mais elevados padrões de qualidade, a fim de atender aos seus consumidores" e que "está investigando o caso".

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