Notícias

Instituto do Câncer promove ação na Paulista para campanha de conscientização sobre o HPV

Público participará de atividades educativas que serão realizadas na calçada da Fiesp


01/03/2024 17h44

Neste domingo (3), das 9h às 13h, na calçada do prédio da Fiesp, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade que integra o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e que está ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, realizará a Campanha de Conscientização sobre HPV. Dia 4 de março é o Dia Internacional de Conscientização sobre o Papilomavírus Humano e este tipo de ação será realizada em diversos países nesta data.

A campanha tem o intuito de levar à população, de forma dinâmica, informações de extrema importância sobre o HPV, uma vez que a infecção por este tipo viral está associada ao desenvolvimento de diversos tipos de cânceres, como colo uterino, vagina, vulva, ânus, pênis, boca e garganta. Vale citar que quase a totalidade dos cânceres de colo uterino são positivos para este vírus.

Para a Fiesp "participar dessa ação é parte de sua estratégia para contribuir com a saúde pública e permitir que as indústrias atuem em campanhas orientativas como esta", comenta o gerente executivo do ComSaude Fiesp, Luiz Monteiro Filliettaz.

Durante a ação, equipes médico-científicas e multiprofissionais do Icesp estarão à disposição do público para o esclarecimento de dúvidas e para fornecer pertinentes orientações sobre o tema, incluindo a prevenção das infecções, a importância em realizar exames de rastreio, meios de transmissão, dentre outras. A programação também conta com a apresentação de teatro interativo e distribuição de brindes em jogo de perguntas e respostas sobre o assunto, para incentivar a fixação das mensagens da campanha, no que se refere à conscientização do problema.

Além das atividades previstas, ainda na noite do domingo, será projetada uma mensagem de conscientização sobre o tema na galeria digital da Fiesp (fachada do edifício).

A iniciativa é liderada pela Dra. Lara Termini com a colaboração da doutoranda Milena Gonçalves, do grupo de HPV do Icesp, coordenado pela Profa. Dra. Luisa Villa, realizada em conjunto com a Sociedade Internacional de Papilomavírus, em parceria com a Fiesp, e conta com apoio do A.C. Camargo Cancer Center, instituição especializada no atendimento de pacientes oncológicos, e do EVA - Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos.

Leia também: Rio de Janeiro registra primeiro caso de febre Oropouche em 2024


O que é o HPV?

O HPV é um vírus que atinge homens e mulheres e até o momento foram descritos mais de 200 tipos virais. Estes vírus podem infectar pele e mucosas, e sua principal forma de transmissão é por meio da atividade sexual. Mais raramente, pode acontecer a transmissão pelas mãos, objetos íntimos e roupas de uso pessoal contaminados. A transmissão do vírus de mãe para filho, durante o parto normal, também é possível.

A prevenção primária (através da vacinação contra o HPV) e a prevenção secundária (realização de exames preventivos ginecológicos de rotina, como o exame de Papanicolaou), são de extrema relevância para a diminuição do câncer do colo uterino. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), este tumor é o terceiro mais incidente entre as mulheres no Brasil e foram estimados 17 mil novos casos por ano, até 2025.

No Brasil, ainda não existem exames de rotina para rastreio de outros cânceres associados ao HPV, como os de ânus, pênis, boca e garganta. De acordo com a chefe do Laboratório de Pesquisa e Inovação em Câncer do Icesp, Profa. Dra. Luisa Lina Villa, não há um tratamento específico para as infecções por HPV.

“Na maioria dos casos, as infecções são eliminadas espontaneamente pelo sistema imunológico, sem que se observe qualquer sinal ou lesão. Entretanto, a infecção persistente por alguns tipos de HPV, considerados de alto risco oncogênico, podem causar o câncer. Além disso, existem tipos virais que causam verrugas genitais que, embora sejam lesões benignas muito comuns, consistem em um sério problema para a população e para a saúde pública”, explica.


A importância da vacinação contra o HPV

O uso de preservativos é considerado uma prática de proteção importante, mas parcial, no controle da transmissão do HPV. Contudo, seu uso é altamente recomendável por ser muito eficaz na prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), em todos os tipos de relações. Uma boa higiene da genitália, das mãos e de objetos de uso íntimo, também contribuem para minimizar o risco de contato com este vírus.

Entretanto, a melhor maneira de se prevenir contra o HPV continua sendo a vacinação. Desde 2014, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza, gratuitamente, a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos diferentes de vírus, dentre os quais estão os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais, e 16 e 18, causadores de 70% dos cânceres de colo do útero e uma proporção significativa dos tumores em outros locais do corpo.

As vacinas são aplicadas em duas doses para meninos e meninas de 9 a 14 anos e também em três doses para homens e mulheres de 9 a 45 anos que vivem com doenças imunossupressoras, como indivíduos que convivem com o vírus HIV, portadores de lúpus, pacientes com câncer e/ou em tratamento com radioterapia e quimioterapia, além de pessoas transplantadas com órgãos sólidos e medula óssea.

“Por se tratar de uma vacina preventiva e para que sua eficácia seja máxima, deverá ser administrada antes do início da atividade sexual (9 a 14 anos), permitindo assim que a infecção pelo HPV não aconteça. Além disso, pessoas mais jovens possuem um sistema imune mais potente, gerando anticorpos em grande quantidade e muito eficientes. Contudo, a vacina pode ser administrada em outras faixas etárias”, finaliza a Profa. Dra. Luisa.


Serviço: Campanha de Conscientização sobre o HPV

Data: 3 de março de 2024

Horário: 9h às 13h

Local: Calçada da Fiesp (Av. Paulista, 1313 - Bela Vista – São Paulo)

Leia também: Estado de São Paulo registra 27ª morte por dengue

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirma Alexandre Moraes

Dólar fecha no maior nível em seis meses; Ibovespa registra queda

+Milionária: Veja dezenas e trevos sorteados nesta quarta-feira (10)

Câmara mantém prisão de deputado Chiquinho Brazão

Combate à solidão: idosos vão receber "pets robôs" no Reino Unido