Bolsonaro fala em “mundo caindo na cabeça” e afirma não temer julgamento
Ex-presidente participou do evento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem, no Rio de Janeiro
16/03/2024 16h07
Durante discurso no lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou que é perseguido por ser um “paralelepípedo no sapato da esquerda” e disse ainda não temer julgamentos.
"Não faltarão pessoas para te perseguir, para tentar te derrotar, vão te acusar de coisas absurdas, até de molestar uma baleia no litoral do Brasil. Poderia estar muito bem em outro país, preferi voltar para cá com todos os riscos que ainda corro. Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que os juízes sejam isentos", disse Bolsonaro.
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O lançamento da candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio ocorreu neste sábado (16) na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Durante o pronunciamento, o ex-presidente falou sobre Ramagem.
“Ramagem trabalhou comigo, fez um excelente trabalho, deixou sua marca. E obviamente, quando se lança pré-candidato, o mundo cai na cabeça dele, como vem caindo na minha, porque sou um paralelepípedo no sapato da esquerda”, afirmou.
Além de Bolsonaro e apoiadores, o evento contou com a presença do governador do Rio, Claudio Castro (PL).
Quem é Alexandre Ramagem?
Alexandre Ramagem foi delegado da Polícia Federal (PF) e comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro, cargo que deixou para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado federal com 59.170 votos.
Em janeiro deste ano, Ramagem foi alvo de uma operação da PF que investiga um esquema na Abin para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns.
Investigações
O evento acontece um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar o sigilo dos depoimentos de militares e aliados de Bolsonaro.
Os investigadores da PF apuram um suposto plano golpista organizado por Bolsonaro e aliados após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Segundo os depoimentos, o presidente não só sabia das minutas para impedir a posse de Lula como as discutiu com os chefes das Forças Armadas em reuniões no Palácio da Alvorada.
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