Indígenas que moram perto de áreas tomadas pelo garimpo ilegal apresentam déficit cognitivo
Situação se dá pela contaminação por mercúrio, um metal pesado comumente utilizado na prática
05/04/2024 10h37
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental (ISA) divulgado na última quinta-feira (4) mostra que indígenas da tribo Yanomami que residem em locais próximos a áreas tomadas pelo garimpo ilegal são as que mais apresentam déficit cognitivo decorrente da contaminação por mercúrio.
No total, 154 pessoas - 87 mulheres e 67 homens – com mais de 10 anos de idade passaram por consultas neurológicas para que os pesquisadores pudessem entender as consequências da contaminação pelo metal pesado, comumente utilizado na prática do garimpo.
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Segundo o levantamento, 40,2% das mulheres examinadas apresentaram alterações cognitivas, como por exemplo nos reflexos profundos, na sensibilidade tátil e na força. Já entre os homens, esses danos foram identificados em 20,9% dos indivíduos.
Aqueles que foram intoxicados pelo metal pesado podem ter diarreia, tremores, gosto de metal na boca, inflamações na gengiva, insônia, falhas de memória, fraqueza muscular, mudanças no humor e até mesmo demência.
Os danos do mercúrio, que é líquido em temperatura ambiente, podem ser fatais, a depender de sua concentração no sistema nervoso do indivíduo.
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