Jennifer e James Crumbley, pais de Ethan Crumbley, o adolescente 15 anos responsável pelo massacre em um colégio em Michigan, nos Estados Unidos, foram condenados nesta terça-feira (9) a uma pena de 10 a 15 anos por homicídio culposo. A decisão é considerada histórica, porque, pela primeira vez, os responsáveis são responsabilizados por um massacre cometido pelo filho no país.
O casal Crumbley foi considerado culpado em quatro acusações, uma para cada estudante que Ethan assassinou.
Os promotores alegaram que os pais ignoraram sinais claros de que a saúde mental do filho havia piorado e precisava de atenção. O júri os consideraram culpados por terem dado arma de Natal ao adolescente dias antes dele matar colegas.
Ethan, filho do casal, tinha 15 anos na época do ataque na Oxford High School em 2021. Ele se declarou culpado em 2022 de quatro acusações de assassinato em primeiro grau e foi condenado em dezembro à prisão perpétua sem liberdade condicional.
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Em comentários ao tribunal, antes da sentença, ambos os pais se mostraram arrependidos pelos atos de Ethan, e lamentaram o seu pesar para as famílias das vítimas. As equipes de defesa de ambos argumentaram que era impossível imaginar que o filho realizaria um ataque a tiros em massa.
Especialistas e ativistas de segurança de armas disseram que os julgamentos foram um passo importante para responsabilizar pais que possuem armas pela violência nas escolas conduzida pelos seus filhos. Cerca de 75% dos atiradores de escolas obtiveram armas usadas nos ataques em suas próprias casas, de acordo com estudos do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
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