O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (19) que o Brasil não quer “entrar em um ciclo vicioso” de piora fiscal, inflação e aumento da dívida.
A declaração aconteceu durante palestra no Fundo Monetário Internacional (FMI). O evento ocorreu em Washington, nos Estados Unidos. Campos Neto afirmou ainda que uma deterioração fiscal eleva o risco de aumentar a dívida pública e pressiona os núcleos de inflação.
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Além disso, ele citou que a dívida de países como Estados Unidos, Japão e na Europa cresceu 24% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Então a questão é: para onde vai o dinheiro? Bem, provavelmente vai pagar muito disso. O problema é que nós estamos neste movimento há muito tempo. Aí cria esse ciclo vicioso onde tem dívida mais alta, e aí o fiscal se torna questionável. Por causa disso, as expectativas de inflação começam a crescer e você tem inflação mais alta, o que cria desigualdade”, destacou.
“Esse é o círculo vicioso que nós não queremos entrar agora e eu acho que o desafio chave é estarmos prontos para nos reinventar com mais capacidade de empreendimento privados e políticas para crescimento”, acrescentou o presidente do BC.
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