A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) o projeto de lei que estabelece um teto de R$ 15 bilhões para os incentivos fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, o Perse.
O programa concede benefícios fiscais para empresas do setor. Agora, o texto segue para análise pelo Senado Federal.
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Um acordo firmado entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e junto a líderes da Câmara manteve no projeto a limitação do benefício fiscal a R$ 15 bilhões até 2026. Além disso, fixou 30 setores, entre eventos, bares, restaurantes e hotéis, apart hotéis, no programa.
No entanto, o projeto também restringiu as atividades econômicas (CNAE) beneficiadas pelo programa das atuais 44 para 30. O governo havia pedido 12. Entre os setores que perderam o benefício estão:
albergues, exceto assistenciais;
campings;
pensões (alojamento);
produtora de filmes para publicidade;
serviços de reservas e outros serviços de turismo;
serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista; e
organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional.
Renata Abreu, relatora do projeto, comemorou a aprovação da medida. "O sonho era manter tudo, todos os Cnaes e nenhum escalonamento. Mas um bom acordo é necessário para não termos prejuízo ou insegurança jurídica", afirmou.
Programa
Entre as ações previstas no Perse estão a concessão de benefícios fiscais e a possibilidade de renegociação de dívidas com descontos para empresas da área.
No projeto aprovado hoje, as empresas tributadas com base no lucro real terão alíquotas zeradas em 2025 e 2026 apenas sobre as contribuições PIS/Pasep e para a Cofins.
Essas empresas terão que retomar integralmente, a partir de 2025, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).
Já para as empresas de lucro presumido, a isenção é total sobre os quatro impostos até 2026.
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