O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser internado em Manaus, no último domingo (5), com um quadro de erisipela. Ele deve ser transferido para um hospital em Brasília nesta segunda-feira (6).
Em publicação nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, informou que o pai está bem e apresenta uma reação positiva aos antibióticos.
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O que é erisipela?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a erisipela é uma condição inflamatória que atinge a derme - camada do meio da nossa pele - e o panículo adiposo - tecido celular subcutâneo da nossa pele - com grande envolvimento dos vasos linfáticos.
Segundo a SBD, a enfermidade acomete, predominantemente, membros inferiores de pacientes da terceira idade, que têm mais chances de ter a circulação venosa e linfática debilitadas. Mesmo atingindo na maior parte das vezes os idosos, a condição pode se dar em pessoas de qualquer idade e outras regiões da pele.
Geralmente, a erisipela está relacionada à “portas de entrada” no corpo humano. Algumas delas podem ser úlceras, pé de atleta, picada de insetos, ferimentos na pele e manipulação inadequada das unhas. Por meio desta “porta”, bactérias penetram na pele, atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalhando com velocidade. Pessoas com baixa condição imunológica, obesas e com má circulação são as mais suscetíveis à doença.
Sintomas
Ainda de acordo com a SBD, em grande parte das vezes, a condição gera um mal-estar geral, fadiga, febre e calafrios, tudo isso antes do surgimento de sinais na pele.
Em seguida, podem aparecer no local avermelhamento, dor, inchaço e aumento da temperatura. O aparecimento de adenomegalia inflamatória - aumento do tamanho de um gânglio - é comum.
Em casos mais graves podem surgir bolhas na pele, escurecimento do segmento acometido e até quadros de septicemia, uma infecção generalizada com risco de morte.
Tratamento
A Sociedade Brasileira de Dermatologia informa que o tratamento da doença deve ser instituído o mais rápido possível, tendo como base o uso de antibióticos, repouso, elevação do membro afetado e tratar o fator que desencadeou a erisipela.
Em alguns casos é necessário a realização de cirurgia para remoção e dreno de grandes áreas necróticas e com pus.
Prevenção
Para prevenir a enfermidade é indicado manter a higiene dos membros além de evitar as “portas de entrada”, como traumas, picadas de insetos e outros ferimentos.
Ter atitudes que reduzam a insuficiência linfática e venosa e ter um melhor controle do diabetes também ajuda na prevenção.
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