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Estado de SP investe 400% a mais do que o estabelecido pelo Ministério da Saúde para incentivar partos normais

Em 2023, foram realizados 156.578 partos normais pelo Sistema Único de Saúde


10/05/2024 19h20

Pela primeira vez na história do estado, o Governo de São Paulo decidiu pagar um valor 400% superior ao estabelecido pelo Ministério da Saúde a fim de incentivar a realização do parto normal. A intenção, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), é que o número de procedimentos aumente em santas casas e entidades filantrópicas com convênio pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Por meio de um comunicado no site do governo, o reforço da importância do parto normal como "opção mais segura e saudável para as gestantes e seus bebês" acontece dois dias antes do Dia das Mães, celebrado neste domingo (12). 

Desde janeiro, houve atualização dos valores pagos pelo programa Tabela SUS Paulista. Anteriormente, a remuneração estabelecida para parto normal era de R$ 443,40, agora ajustada para R$ 2.217,00, enquanto para cesarianas o valor aumentou de R$ 545,73 para R$ 2.182,92. 

Em 2023, foram realizados 156.578 partos normais e 152.922 cesarianas no estado por meio do SUS.

Em nota, o governo cita ainda uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que apenas 15% dos partos deveriam ser realizados com intervenção cirúrgica, porcentagem que se refere aos casos em que a mãe e o bebê correm risco, tornando a cesárea indispensável.

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“A cesariana exige maior tempo de internação e resulta em pós-operatório que requer mais cuidados nos dias ou semanas seguintes. Já no parto normal, além dos benefícios para a mãe, que não passa por uma cirurgia, há uma série de vantagens ao bebê, como expansão pulmonar mais natural e menor risco de desconforto respiratório”, explica o professor doutor Edmund Baracat. 

Também coordenador da Saúde da Mulher da SES, Baracat afirma que, mesmo sendo considerada uma cirurgia de baixo risco, a cesariana tem de sete a dez vezes mais chances de complicações que o parto normal.

“Ainda que os benefícios do parto normal sejam inúmeros, o procedimento deve ser realizado desde que não traga malefícios para mãe e o bebê. A equipe multiprofissional de obstetrícia deve avaliar qual o cenário mais adequado e, assim, decidir o tipo de parto”, finaliza. 

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