Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Biologia da Unicamp em parceria com outras instituições de pesquisa do Brasil e no mundo, confirmaram a presença do vírus mayaro (MAYV) entre humanos em Roraima.
A confirmação foi divulgada na revista Emerging Infectious Diseases e publicada pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. O MAYV se trata de um arbovírus nativo na América Central e América do Sul, transmitido pelo mosquito silvestre Haemagogus janthinomys, o mesmo que transmite a febre-amarela.
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O diagnóstico clínico pode ser um tanto quanto complicado, já que seus sintomas são parecidos com os da dengue e chikungunya, com dores no corpo, febre, fadiga, dor e inchaço nas articulações.
O principal diferencial em relação a outras arboviroses, é que alguns sintomas são mais intensos. Em casos mais graves os pacientes podem apresentar hemorragia, problemas neurológicos e podem até morrer. Até o momento, não existem vacinas ou tratamentos específicos para a doença.
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A descoberta da circulação do vírus entre os humanos foi realizada por meio da bióloga Julia Forata, como parte de sua pesquisa de mestrado, onde analisou algumas amostras de soro coletado de pacientes em estado febril, constatando a presença do vírus em 3,4% das 822 amostras coletadas no estado entre 2018 e 2021, período em que a região enfrentou uma pandemia de dengue após um surto de febre chikungunya.
O Brasil já vivenciou um surto da doença em 1955, na região de Belém, no Pará. Desde então, casos esporádicos e surtos são registrados, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
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