Quase oito em cada dez vítimas graves de acidentes no trânsito são pedestres, ciclistas ou motociclistas. É o que aponta um estudo, com base em dados do SUS (Sistema Único de Saúde), feito pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).
O estudo também mostra um aumento nos atendimentos. Em 2023, do total de 260 mil internações, 196 mil eram de motociclistas, ciclistas e pedestres. Entre os motociclistas, o número de pacientes graves aumentou em quase 10% em relação a 2022. Entre os pedestres, foram 6% a mais em um ano. Também foi registrada alta também nas internações entre os ciclistas.
Responsável pela pesquisa, a Abramet considera que mudanças no Código Nacional de Trânsito aumentaram os riscos de quem está nas ruas.
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“Nos últimos anos a gente viu uma flexibilização, principalmente com relação ao controle de velocidade. Velocidade é o principal fator de risco para os sinistros de trânsito, além disso, a gente teve uma flexibilização também com relação à pontuação flexibilização com relação aumento de duração da própria CNH… a gente tem visto que essa flexibilização da legislação está acarretando e muito os números de acidentes”, argumenta Aquilla dos Anjos, diretor comum da Abramet.
O desrespeito às regras e a falta de educação para se locomover no trânsito de forma segura e preventiva são outros problemas apontados por quem atende as vítimas.
“Às vezes tem duas faixas e o pedestre atravessa no meio delas. Devia começar educação na escola”, diz Alice Rosa Ramos, superintendente da área de práticas assistenciais da AACD.
Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta quinta-feira (23) no Jornal da Tarde:
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