O Terminal Satélite - Itaquera, prometido para ser entregue na Copa do Mundo de 2014, segue em obras, na região da zona leste de São Paulo, 10 anos após o evento.
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O local constava no planejamento de melhorias para a região, já que a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, foi construído no bairro.
Apesar de inicialmente planejado para facilitar o transporte no mundial, a construção do novo terminal só foi iniciada em agosto de 2014 e foi interrompida em dezembro de 2018.
As obras foram suspensas após o Tribunal de Contas da União apontar irregularidades na gestão 2013-2016 e interromper o envio de recursos federais.
Em nota ao site da TV Cultura, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SPObras), afirmou que retomou em outubro de 2023 as obras remanescentes do novo Terminal Satélite - Itaquera, na zona leste, que beneficiará cerca de 430 mil passageiros diariamente.
“As obras seguem o cronograma previsto e estão sendo executadas em três fases. Atualmente, a fase 1 está em andamento, com intervenções nas áreas das plataformas D e E e no respectivo mezanino do terminal existente. A fase 2 abrange a construção do novo terminal, em uma área vizinha ao atual. A Fase 3 inclui uma estrutura de cobertura na área de interligação entre as obras das Fases 1 e 2. A conclusão da Fase 1 está prevista para o final de julho de 2024, enquanto as Fases 2 e 3 têm previsão de término para o final de janeiro de 2026".
Promessa de Interligação
Também está prevista a conclusão de uma passarela de interligação do novo terminal com o existente, o Metrô, a CPTM e o Poupatempo, com a finalidade de facilitar o acesso dos passageiros.
A iniciativa vai proporcionar um espaço mais amplo, confortável e funcional, contribuindo para uma espera mais ágil, além de comodidades e novos serviços para a população.
Filas gigante e superlotação nos ônibus; usuários reclamam do atual terminal
O atual terminal de ônibus de Itaquera, administrado pelo Metrô e pela SPTrans, recebe, em dias úteis, uma média de cerca de 63 mil pessoas, sendo 46.246 passageiros do serviço municipal. Os usuários do transporte público da região afirmam que o local não tem capacidade suficiente para atender à demanda da população.
“É complicado, as filas dentro do terminal são enormes, principalmente depois das 18h. Os responsáveis deveriam ver de perto nossa situação, porque passamos mais tempo no transporte público do que com nossas famílias”, diz Caio Batista, estudante de psicologia que utiliza o transporte da região diariamente.
O jovem afirma que leva, em média, 30 minutos para conseguir um lugar sentado no ônibus. “Se você não se importa de ir em pé e apertado, até consegue pegar mais rápido".
Sobre o novo terminal, o estudante comenta que faltam mais informações para a população. "Na época da Copa do Mundo, nós moradores ficamos muito felizes ao imaginar que o serviço aumentaria.”
“No início, comentaram que seria um terminal rodoviário para viagens ao interior e ao litoral. Mas já se passaram 10 anos e ainda continua um terreno aberto”, finaliza.
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