As contas do governo registraram déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).

Esse valor corresponde a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) e é inferior ao rombo de R$ 230,5 bilhões registrado em 2023. Com isso, houve uma diminuição em 81% no déficit deste ano.

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Além disso, esse foi o melhor resultado desde 2022, quando foi registrado um superávit de R$ 54 bilhões.

Sem considerar o gasto do governo com as despesas para reconstrução do Rio Grande do Sul, os valores destinados para combater os incêndios no pantanal e Amazônia, assim como R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o déficit primário somou R$ 11,03 bilhões, o equivalente a 0,09% do PIB. Dessa forma, a meta fiscal para o ano foi formalmente cumprida.

O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo.

O recorde apresentado pela arrecadação federal no ano passado contribuiu para o resultado do déficit. A Receita Federal arrecadou R$ 2,65 trilhões entre janeiro e dezembro.

Além disso, para alcançar a meta fiscal, o governo bloqueou R$ 17,6 bilhões do Orçamento em despesas no ano passado.

No final do ano passado, o governo também anunciou uma série de medidas para conter o crescimento das despesas do Orçamento federal, incluindo a limitação do crescimento do salário mínimo, a manutenção da DRU e de mudanças no acesso ao abono salarial, entre outros.

O impacto estimado pela área econômica é de cerca de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026.

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