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60% das crianças menores de cinco anos sofrem castigos físicos ou psicológicos em casa, aponta UNICEF

Agressões incluem gritos, xingamentos, sacudidas, golpes e espancamentos; estudo foi realizado em 100 países


13/06/2024 16h21

Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF) mostrou que 60% das crianças menores de cinco anos sofrem castigos físicos ou psicológicos em casa. O levantamento foi feito em 100 países entre 2010 e 2023. As agressões incluem gritos, xingamentos, sacudidas, golpes, espancamentos e até feridas.

“As crianças podem ter um início precoce de substâncias até práticas sexuais de risco. Elas podem ter, na vida adulta, problemas de autoestima, ansiedade, depressão e insegurança de autoaceitação. Alguns até reproduzem os comportamentos nos filhos ou acabam se revitimizando e tendo relações afetivas com parceiras agressivos também”, explica a psicóloga Carla Cavalheiro Moura.

No Brasil, a palmada numa criança é crime. Uma série de leis em vigor protege a infância e a adolescência.

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“O Brasil, hoje, é um dos países com a legislação mais avançada no que se diz respeito a garantia e defesa do direito da Criança e do Adolescente. Estou me referindo ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso, o Brasil tem um sistema de garantia de Direitos da Criança e do Adolescente, que é um sistema composto por um conjunto de órgãos e atores sociais que devem atuar de forma articulada e integrada para assegurar essa promoção da defesa e controle do direito da Criança e do Adolescente”, afirma Michelly Antunes, da Fundação ABRINQ.

Além da violência, o relatório também revelou que 40% das crianças entre dois e quatro anos não recebem estimulação adequada e nem interação em casa, como acesso a leitura, narração de histórias, canto e desenho. Essas atividades são fundamentais para o desenvolvimento.

“Primeiro de tudo, é necessário um investimento financeiro por parte do poder público, seja na Instância Municipal, Estadual ou Federal, para que as políticas públicas possam ser implementadas. Depois, ter uma boa execução dela. Consequentemente, conseguir a garantia e a implementação das políticas para garantia do direito da Criança e do Adolescente”, completa Antunes.

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