O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (20) manter a taxa de juros inalterada em 10,5% ao ano. A decisão foi unânime.
A medida encerra o ciclo de queda da Selic iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%. Nesse período, foram sete quedas seguidas.
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O Copom afirmou que o cenário da inflação ainda exige cuidados e não justifica uma mudança na taxa de juros.
"O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, diz a instituição.
“A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", ressaltou o BC.
Ao atingir o patamar de 10,50% ao ano, a taxa segue no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano.
Reunião do Copom
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia
A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
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O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Neste ano, o BC vai se reunir mais quatro vezes:
30 e 31 de julho
17 e 18 de setembro
5 e 6 de novembro
10 e 11 de dezembro
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