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“Não me derrotaram, derrotaram o povo brasileiro”, diz Lula sobre projeto que restringe 'saidinha'

Presidente afirmou ainda que o governo não perdeu "nenhum projeto" de seu interesse no Congresso


21/06/2024 15h55

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (21) que a derrubada do veto do projeto de lei das “saidinhas” foi uma derrota para uma parte do povo brasileiro. A declaração ocorreu durante entrevista à rádio Jornal Meio FM, de Teresina, no Piauí.

Em maio, o Congresso Nacional derrubou o veto parcial do presidente à lei que acaba com a saída temporária de presos em datas comemorativas para visitar as famílias.

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"Como eu acredito na base da sociedade democrática, que tem no seu alicerce principal a família, eu queria que as pessoas tivessem uma saidinha. Não me derrotaram. Eu não estou preso, eu não quero sair. Derrotaram uma parte do povo brasileiro. Enfraqueceu a dignidade de muita gente neste país", afirmou.

Segundo o presidente, o número de pessoas que não retornam não justificaria barrar o benefício.

"'Ah, mas de vez em quando as pessoas fogem'. Mas é tão pequeno o percentual dos que não voltam, que não compensa a gente destruir a possibilidade da família, sabe, conversar com essa pessoa", apontou.

O presidente ainda falou sobre o período em que ficou preso no Paraná e as visitas que recebia de familiares.

"Eu fiquei preso 580 dias. Você não tem noção o que era o meu prazer quando recebia meus filhos para me ver. Agora você proibir uma família, mulher e filhos, de receber um marido porque cometeu delito, sabe, você não está apostando na recuperação dele", afirmou.

Lula também destacou que o governo não perdeu "nenhum projeto" de seu interesse no Congresso.

"Nem sempre as informações que chegam aos meios de comunicação é o que acontece na verdade. Nós, até hoje, não perdemos nenhum projeto de interesse do governo. O charme da democracia é que você é obrigado a conviver na diversidade. O deputado não é obrigado a concordar com aquele projeto. Uns deputados fazem emendas para melhorar, outros fazem para piorar, mas sempre termina num acordo", ressaltou.

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