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Ao mesmo tempo que é uma ferramenta prática para o cidadão, o Pix também é usado por criminosos e golpistas. De acordo com o Banco Central, foram mais de 2,6 milhões de pedidos de estorno em 2023, mais de um milhão a mais comparado ao ano anterior.

O que deixa o consumidor ainda mais preocupado é que apenas 9% das solicitações foram reembolsadas.


As solicitações de reembolso são feitas por meio do Mecanismo Especial de Devolução, conhecido como MED. Para quem teve problemas com Pix, é preciso usar a ferramenta em até 80 dias junto à instituição financeira. Fazendo isso, a conta que recebeu o valor é bloqueada para análise.

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou uma proposta ao Banco Central para ampliar o rastreio de Pix em mais camadas.

“Antigamente, a pessoa que emitia o Pix tava no ponto A e mandava para o ponto B. Se a pessoa tirava o dinheiro da conta B e jogava para uma outra conta, que era a conta C, a pessoa ainda mantinha o dinheiro no sistema bancário, mas era numa outra conta. Antes, o banco não tinha o poder de enxergar se o dinheiro iria para outro lugar. Agora terá”, explica Marcos Crivelaro, professor de finanças da FIAP.

De acordo com a Febraban, o MED 2.0 pode ser um avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes. A ferramenta tem implementação prevista para 2026.

“Essa implementação tem que ser urgente. O Pix já existe alguns anos. Tanto o Banco Central, quanto os participantes do ecossistema, devem melhorar a proteção para o consumidor. São medidas que dependem mais deles do que do próprio consumidor”, afirma Maria Inês Dolci, advogada de defesa do consumidor.

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Mesmo com ferramentas de proteção, especialistas pedem para o usuário seguir tomando cuidado e sempre checar informações e QR Codes antes de fazer a transação.