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Lula volta a criticar taxa de juros em 10,5%: “Irreal”

Segundo o presidente, o cenário vai melhorar quando ele puder escolher o novo comandante do BC


28/06/2024 14h44

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta sexta-feira (28) o valor da taxa básica de juros no país. O mandatário afirmou que o cenário vai melhorar quando ele puder indicar o novo presidente do Banco Central, no fim do ano. A declaração ocorreu durante entrevista à rádio "O Tempo", de Belo Horizonte.

"A taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%. É isso. Agora, eu não sou do Conselho Monetário Nacional, eu não sou diretor do Banco Central. Isso vai poder melhorar quando eu puder indicar o presidente, que vai para o Senado, e a gente vai construir uma nova filosofia", declarou Lula.

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O mandato do atual chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, acaba em 31 de dezembro. Segundo Lula, seu indicado será uma pessoa “confiável”.

“Eu vou escolher uma pessoa responsável. E se a pessoa é responsável, o presidente da República não vai ficar dando palpite. Tem que confiar que a pessoa que está lá é competente para fazer as coisas. E já foi assim, não é novidade, eu não sou um estranho no ninho”, afirma.

O presidente ainda ressaltou que Roberto Campos Neto foi escolhido por Jair Bolsonaro e, segundo ele, "pensa ideologicamente" igual ao governo anterior.

"O presidente da República não pode ficar brigando com o presidente do Banco Central porque ele foi escolhido pelo governo anterior. Mas é importante lembrar que ele foi escolhido pelo governo anterior, que ele pensa ideologicamente igual ao governo anterior, e que eu acho que ele não está fazendo o que deveria ter feito corretamente. Mas de qualquer forma, ele tem mandato".

Decisão do Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na última semana manter a taxa de juros inalterada em 10,5% ao ano. A decisão foi unânime.

A medida encerrou o ciclo de queda da Selic iniciado em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%. Nesse período, foram sete quedas seguidas.

O Copom afirmou que o cenário da inflação ainda exige cuidados e não justifica uma mudança na taxa de juros.

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