A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) uma operação sobre o suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo as investigações, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e jornalistas foram monitorados pela “Abin paralela”.
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A informação consta na decisão que autorizou a operação da Polícia Federal nesta quinta. A Operação Última Milha cumpriu sete mandados de busca e apreensão. As ações aconteceram em cinco cidades: Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG).
No documento, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da PF e decretou a prisão de cinco investigados.
Um dos alvos da operação é o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor da Abin durante o governo Bolsonaro.
De acordo com a PF, as provas obtidas a partir das diligências em outubro indicaram que "o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir nas investigações da Polícia Federal.
Segundo as investigações, foram espionados no esquema ilegal integrantes dos três Poderes e jornalistas. São eles:
Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux.
Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira, o deputado Kim Kataguiri e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, e Joice Hasselmann. E os senadores: Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que integravam a CPI da Covid no Senado.
Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo, e os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges, os auditores da Receita Federal Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
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