Mauro Lourena Cid teria cometido "delitos" no escritório de representação em Miami, diz ApexBrasil
As investigações que identificaram os supostos "graves desvios de conduta" são referentes ao caso das joias sauditas
12/07/2024 12h19
Por meio de uma nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (12), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) apontou que uma apuração interna identificou "delitos e graves desvios de conduta" durante a gestão do general Mauro Cesar Lourena Cid no escritório de representação em Miami, nos Estados Unidos.
O militar citado é pai de Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel que também atuou como ajudante de ordens de Jair Messias Bolsonaro (PL).
A ApexBrasil também informou que enviou o caso à Justiça.
As investigações da agência que identificaram os supostos delitos - assim como "afastamento das funções" e "defesa de pautas golpistas" - são referentes ao caso das joias sauditas.
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Na ocasião, o ex-presidente da República teria tentado trazer - de forma ilegal - para o Brasil um conjunto de joias avaliado em € 3 milhões (equivalente a R$ 17,84 milhões na cotação atual) para a até então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Atualmente, a lei prevê que a entrada de mercadorias classificadas como "pessoais" e com valor acima de US$ 1 mil no país precisa ser feita mediante ao pagamento do imposto de importação, que equivale a 50% do valor do produto. Quando um passageiro omite o item, há uma multa que consiste em um adicional de 50% de seu valor total.
Mais tarde, Bolsonaro confirmou ter incorporado parte dos presentes sauditas ao seu acervo pessoal.
Um mês após a chegada das joias ao Brasil, a Petrobras vendeu uma refinaria por US$ 1,8 bilhão (equivalente a R$ 9,44 bilhões na cotação atual) aos árabes.
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