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‘Abin Paralela’: STF decide manter a prisão de cinco investigados por espionagem

Segundo a investigação, os cinco participaram do trabalho de monitoramento ilegal


12/07/2024 18h00

O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta sexta-feira (12) as prisões preventivas dos cinco presos pela Polícia Federal (PF) na quarta fase da Operação Última Milha, que apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Com a decisão, vão continuar presos: Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

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As prisões foram mantidas após uma audiência de custódia conduzida por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões nesta quinta-feira.

Segundo a investigação da PF, os cinco acusados participaram do trabalho de monitoramento ilegal, que teria sido realizado com o conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) uma operação sobre o suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência.

Segundo as investigações, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e jornalistas foram monitorados pela “Abin paralela”.

De acordo com a PF, as provas obtidas a partir das diligências em outubro indicaram que "o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir nas investigações da Polícia Federal.

Além disso, as apurações apontam que a Abin foi utilizada durante o governo Bolsonaro para favorecer filhos do ex-presidente, fazer ações de vigilância contra ministros do Supremo e políticos opositores.

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