A área devastada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami teve um aumento de mais de 6% nos seis primeiros meses de 2024, de acordo com um levantamento realizado pelo Greenpeace Brasil.
Até junho, 169,6 hectares do território foram destruídos pelo garimpo. A área corresponde a 170 campos de futebol. No mesmo período de 2023, foram 159 hectares.
O estudo ainda apontou que, pela primeira vez, foi identificada a presença de invasores nas imediações do Parque Nacional do Pico da Neblina, localizado nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, interior do Amazonas.
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Em fevereiro de 2023, um mês após o governo federal decretar situação de emergência no território, organizações indígenas do Amazonas denunciaram a presença de pequenos garimpos manuais na região do Pico da Neblina. Em agosto do mesmo ano, a Polícia Federal deflagrou operação contra a prática ilegal na região.
A Terra Yanomami, localizada no Amazonas e em Roraima, é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise sanitária e humanitária causada pelas ações do garimpo ilegal.
Também entre janeiro e junho, 417 hectares de novas áreas de desmatamento foram identificadas nas terras indígenas Kayapó, Munduruku, ambas localizadas no Pará, e Yanomami. Além disso, só no primeiro trimestre, o sistema de alertas de monitoramento identificou uma área desmatada de 128 hectares associadas ao garimpo ilegal nas três terras indígenas.
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