A desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição da presidência dos Estados Unidos mexeu com o cenário político e eleitoral do país, que já estava agitado após a tentativa de assassinato do rival pela Casa Branca Donald Trump.
De acordo com Peter Trubowitz, professor da London School of Economics (Escola de Economia de Londres), a troca da chapa democrata e a provável formalização da candidatura da vice Kamala Harris não é positiva para a candidatura de Trump.
“Ao se retirar da corrida eleitoral, Biden mudou o cálculo de um importante grupo de eleitores nos Estados Unidos, aqueles que chamamos de ‘odiadores duplos’. Eles não gostam nem de Trump, nem de Biden, e não queriam votar em nenhum deles. Eles representam em torno de 20 a 25% dos eleitores americanos e podem ajudar a definir as eleições”, explica.
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Na falta de pesquisas de opinião sobre o efeito imediato da retirada da candidatura de Biden, o principal sinal veio do mercado de ações. Logo no início do dia, as bolsas asiáticas registraram queda de uma série de títulos chamados "papéis do Trump", empresas que estavam em alta porque poderiam ser beneficiadas pelas políticas do ex-presidente.
“Não acho que essas pessoas [eleitores indecisos] vão votar automaticamente em Kamala Harris, mas acho que a saída de Biden complica a vida de Trump”, completa o professor.
Saiba mais sobre o tema na matéria do correspondente Leão Serva, que foi ao ar esta segunda-feira (19) no Jornal da Cultura:
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