O grupo de inquérito independente criado pela ONU concluiu que a repressão realizada pelo governo de Nicolás Maduro resultou em mais de 1.200 presos e 23 mortes na Venezuela.
A constatação é anunciada no dia em que o Tribunal Penal Internacional, em Haia, sinaliza que está "monitorando ativamente" os acontecimentos na Venezuela, numa declaração que foi interpretada como um recado ao governo de Maduro.
"O governo da Venezuela deve encerrar imediatamente a escalada de repressão que abala o país desde as eleições presidenciais de 28 de julho e investigar minuciosamente a série de graves violações de direitos humanos que está ocorrendo no momento", declarou um comunicado emitido pelos membros da missão de inquérito criada pela ONU.
Os dados publicados por várias organizações de direitos humanos, a missão pode concluir preliminarmente que pelo menos 1.260 pessoas foram detidas desde 28 de julho, incluindo 160 mulheres e mais de cem crianças e adolescentes.
A maioria das detenções ocorreu no distrito da capital (18%), seguido pelos estados de Carabobo (16%) e Anzoátegui (9%). A missão admite que dados da Procuradoria Geral da República indicam que pelo menos 2.200 pessoas foram rotuladas indiscriminadamente como "terroristas".
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