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Avião da Voepass passou por manutenções recorrentes antes de cair na última sexta (9)

As informações foram obtidas após um cruzamento de dados realizado pelo Fantástico, da TV Globo


12/08/2024 17h56

O avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e matou todos os 62 tripulantes nessa sexta-feira (9), já havia apresentado problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista. As informações foram obtidas após um cruzamento de dados realizado pelo Fantástico, da TV Globo.

A apuração ainda aponta que o avião turboélice modelo ATR-72-500 da Voepass vinha enfrentando uma série de manutenções. O primeiro registro foi do dia 11 de março deste ano, depois de a aeronave viajar de Recife para Salvador, um relatório oficial descreveu problemas no sistema hidráulico durante o voo.

Além disso, houve também um "contato anormal" da aeronave com a pista na hora do pouso. O contato foi um choque da cauda do avião com a pista, o que, segundo foi relatado no sistema de manutenção da empresa, causou um "dano estrutural" na aeronave.

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Depois disso, o avião ficou estacionado na Bahia por 17 dias, até o dia 28 de março, quando voou até Ribeirão Preto (SP) para passar por consertos. O ATR só voltou a voar comercialmente no dia 9 de julho, mais de três meses depois.

A primeira rota foi de Ribeirão Preto para o Aeroporto Internacional de Guarulhos. No mesmo dia, houve uma despressurização em voo e a aeronave retornou, sem passageiros, para Ribeirão Preto, onde ficou parado mais quatro dias para reparos. No dia 13 de julho, finalmente o avião retomou as atividades, até cair na sexta passada.

Um dia antes do acidente, a jornalista Daniela Arbex pegou o avião e fez um relato de que o ar-condicionado não estava funcionando. No vídeo divulgado nas redes sociais, as pessoas tentavam se refrescar e um homem chegou até a tirar a camisa por causa do calor.

Dados do site Flight Radar, que acompanha voos pelo mundo, mostram o avião nivelado a 17 mil pés, cerca de 5 mil metros. Pouco antes da queda, ele baixa para 16.700 pés e, de repente, volta para 17.200, quando começa a cair. De acordo com a Aeronáutica, não houve pedido do ATR para voar mais baixo.

Em nota, a Voepass disse que “cumpre e respeita as legislações trabalhistas, e que o esforço principal da companhia, neste momento de dor, está em apoiar e dar assistência às famílias dos passageiros e tripulantes que estavam a bordo”.

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