O Brasil registrou um déficit de US$5,2 bilhões em transações correntes em julho, o maior para o mês desde 2022, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (26).
O resultado supera as expectativas do mercado, que previam um rombo de cerca de US$4 bilhões. O saldo negativo acumulado em 12 meses representa 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB), em comparação com 1,48% no mês anterior e 1,82% em julho de 2023.
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A balança comercial apresentou um superávit de US$7,1 bilhões em julho, embora tenha sido menor do que os US$7,6 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado. As exportações de bens totalizaram US$31,2 bilhões, marcando um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior, enquanto as importações cresceram 15,2%, somando US$24,1 bilhões.
O BC também ajustou sua metodologia e agora não considera mais as compras de criptoativos como importações que afetam a balança comercial, alinhando-se às diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os criptoativos serão registrados na conta de capital do balanço de pagamentos, o que reduz o déficit em conta corrente.
Por outro lado, a entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) somou US$7,3 bilhões em julho, superando as projeções de US$6 bilhões e marcando um aumento significativo em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados US$2 bilhões em IDP.
No acumulado de 2024, o total de IDP chegou a US$ 45 bilhões, com um montante de US$ 71,8 bilhões nos últimos 12 meses, equivalente a 3,23% do PIB.
Esses números têm impacto direto nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, atualmente fixada em 10,5% ao ano. O cenário econômico continua a ser monitorado de perto, com ajustes necessários para garantir a estabilidade financeira do país.
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