Pela primeira vez em sua história, a Volkswagen está considerando fechar algumas fábricas na Alemanha. Através de seu conselho de trabalhadores, a montadora anunciou nesta segunda-feira (2), que passa por um momento de corte de custos e busca maneiras de economizar.
A decisão de fechar fábricas em território alemão seria algo inédito, nunca visto nos 87 anos de história da empresa. O CEO, Oliver Blume, alertou que a indústria automotiva europeia está em uma “situação muito séria”.
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Nos últimos três anos, a companhia perdeu quase um terço de seu valor de mercado, resultando no pior desempenho entre as grandes montadoras de carros da Europa. A decisão de Blume surge após um programa de redução de custos lançado em 2023 ter ficado muito abaixo do esperado.
Hoje, a montadora emprega cerca de 300 mil funcionários e admitiu que pode voltar atrás e encerrar seu programa de estabilidade de emprego, vigente desde 1994 e que, atualmente, impede qualquer corte no quadro de funcionários até 2029. A medida seria tomada uma vez que a companhia considera que as saídas voluntárias ou por aposentadoria não serão suficientes.
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A Volkswagen tem enfrentado dificuldades pela queda em suas vendas, além de viver um cenário adverso, com a crescente concorrência dos fabricantes chineses, especificamente na China, seu principal mercado.
Marcas como BYD, que vendem veículos mais modernos e com custos mais acessíveis, fizeram a montadora alemã perder sua liderança nesse mercado. A atuação dos concorrentes pressiona a Voks a desenvolver veículos elétricos mais baratos e de maneira mais rápida, com o risco de perder mais espaço no mercado.
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