O serviço de inteligência de Israel criou uma empresa de fachada para vender pagers já com explosivos instalados ao Hezbollah, de acordo com o jornal americano The New York Times.
Com base em depoimentos de funcionários do serviço de inteligência israelense, a reportagem divulgada nesta quinta-feira (19) afirma que a empresa de fachada forneceu ao grupo os aparelhos que foram detonados na última terça-feira (17), deixando 12 mortos e mais de 2.700 feridos.
Citando as fontes israelenses, o jornal afirma que a empresa de fachada é a BAC Consulting KFT, já apontada nos últimos dias como envolvida na fabricação dos pagers detonados. Ainda segundo o veículo, a operação foi de longo prazo e começou a ser colocada em prática em 2022, antes mesmo de estourar a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
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Na ocasião, o Hezbollah estava começando a adotar pagers como forma de comunicação, na tentativa de driblar o rastreamento que Israel é capaz de fazer aos celulares. Os pagers são mais antigos e não têm GPS.
Segundo a reportagem, nos itens vendidos ao grupo armado foram inseridos micro explosivos com uma tecnologia que permitia que fossem detonados simultaneamente e à distância.
Até o momento, o governo de Israel não se manifestou, nem reivindicou autoria sobre os ataques.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse nesta quinta-feira (19) que a série de explosões de pagers e walkie-talkies do grupo extremista foi uma “declaração de guerra” por parte de Israel e prometeu vingança.
O grupo armado tem atacado o norte de Israel em apoio ao Hamas. Ambos são apoiados e financiados pelo Irã e lutam contra Israel.
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