Diante de uma Assembleia Geral da ONU esvaziada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (27) em Nova York. O boicote à fala do chefe de Estado se deu pelos ataques israelenses a Gaza e ao Líbano.
A delegação brasileira foi uma das que se retirou do salão antes do início do discurso do premiê israelense.
Com mapas na mão, Netanyahu disse que está vencendo os conflitos e que não admite nada a não ser a destruição total do Hamas em Gaza e do Hezbollah no Líbano. Ele acusou o Irã pela tensão crescente no Oriente Médio e por financiar o grupo extremista libanês há 30 anos.
Mesmo diante de um pedido de cessar-fogo de 11 países e da União Europeia, Israel continua a atacar o Líbano.
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Horas depois do discurso de Netanyahu, Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano. Foi o maior ataque israelense desde o início do conflito com o Hezbollah.
O ministro das relações exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, pediu na ONU que todas as partes implementem a proposta de cessar-fogo, alertando que a violência crescente ameaça a "própria existência" do país.
A agência da ONU para refugiados informou que mais de 30 mil pessoas cruzaram do Líbano para a Síria nas últimas 72 horas, em meio aos confrontos. Metade dos refugiados são crianças e adolescentes e 80% dos que fugiram são sírios retornando ao seu país, que está em guerra civil há 13 anos, enquanto o restante são libaneses.
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