O nome do cantor Leonardo foi incluído na ‘lista suja’ de trabalho análogo a escravidão do Ministério do Trabalho e Emprego nesta segunda-feira (7).
Com atualização semestral, 176 novas pessoas físicas (patrões) e jurídicas (empresas) foram adicionadas ao cadastro, sendo 20 deles por práticas de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico. Agora, a lista com 727 nomes.
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Entre os nomes está Emival Eterno da Costa, o cantor Leonardo. Ele entrou na lista por conta de uma fiscalização realizada em novembro de 2023 na fazenda Talismã, no município de Jussara, interior de Goiás.
No local, foram encontradas seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em condições degradantes. Segundo o ministério, a condição significa a "escravidão contemporânea".
Atualização do Ministério de Trabalho e Emprego
Conhecido como "Lista Suja", a ferramenta visa dar transparência aos atos administrativos decorrentes das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão.
Entre as atividades econômicas com maior número de inclusões estão a produção de carvão vegetal (22 empregadores), sendo 12 de florestas plantadas e 10 de florestas nativas, a criação de bovinos (17), a extração de minerais (14) e o cultivo de café e a construção civil, com 11 empregadores cada.
Segundo André Roston, coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas do MTE, “a atualização reforça o compromisso do Estado com a transparência e a conscientização da sociedade sobre essa grave violação de direitos humanos no Brasil”.
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